quinta-feira, 31 de março de 2011

Dia Internacional do Livro Infantil

Mensagem do 2 de Abril de 2011, Dia Internacional do Livro Infantil *


O LIVRO RECORDA* 
“Quando Arno e o seu pai chegaram à escola, as aulas já tinham começado.”

No meu país, a Estónia, quase toda a gente conhece esta frase de cor. É a primeira linha de um livro intitulado Primavera. Publicado em 1912, é da autoria do escritor estónio Oskar Luts (1887-1953).
Primavera narra a vida de crianças que frequentavam uma escola rural na Estónia, em finais do século xix. O Autor escrevia sobre a sua própria infância e Arno, na verdade, era o próprio Oskar Luts na sua meninice.
Os investigadores estudam documentos antigos e, com base neles, escrevem livros de História. Os livros de História relatam eventos que aconteceram, mas é claro que esses livros nunca contam como eram de facto as vidas das pessoas comuns em certa época.
Os livros de histórias, por seu lado, recordam coisas que não é possível encontrar nos velhos documentos. Podem contar-nos, por exemplo, o que é que um rapaz como Arno pensava quando foi para a escola há cem anos, ou quais os sonhos das crianças dessa época, que medos tinham e o que as fazia felizes. O livro também recorda os pais dessas crianças, como queriam ser e que futuro desejavam para os seus filhos.
Claro que hoje podemos escrever livros sobre os velhos tempos, e esses livros são, muitas vezes, apaixonantes. Mas um escritor actual não pode realmente conhecer os sabores e os cheiros, os medos e as alegrias de um passado distante. O escritor de hoje já sabe o que aconteceu depois e o que o futuro reservava à gente de então.
O livro recorda o tempo em que foi escrito.
A partir dos livros de Charles Dickens, ficamos a saber como era realmente a vida de um rapazinho nas ruas de Londres, em meados do século xix, no tempo de Oliver Twist. Através dos olhos de David Copperfield (coincidentes com o olhar de Dickens nessa época), vemos todo o tipo de personagens que ao tempo viviam na Inglaterra — que relações tinham, e como os seus pensamentos e sentimentos influenciaram tais relações. Porque David Copperfield era de facto, em muitos aspectos, o próprio Charles Dickens; Dickens não precisava de inventar nada, ele pura e simplesmente conhecia aquilo que contava.
São os livros que nos permitem saber o que realmente sentiam Tom Sawyer, Huckleberry Finn e o seu amigo Jim nas viagens pelo Mississippi em finais do século xix, quando Mark Twain escreveu as suas aventuras. Ele conhecia profundamente o que as pessoas do seu tempo pensavam sobre as demais, porque ele próprio vivia entre elas. Era uma delas.
Nas obras literárias, os relatos mais verosímeis sobre gente do passado são os que foram escritos à época em que essa mesma gente vivia.

O livro recorda.
*Tradução: José António Gomes
*A Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People), difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil), Secção Portuguesa do IBBY.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Homenagem a Matilde Rosa Araújo

Homenagem da Biblioteca Arquitecto Cosmelli Sant'Anna a Matilde Rosa Araújo - descerramento da placa de homenagem no prédio onde viveu grande parte da sua vida. 

Dia 2 de Abril, pelas 11 horas, na Rua Rodrigo da Fonseca, nº 72. Estão todos convidados.


A BACS agradece a Márcio Barcelos o cartaz.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Arte São Mamede 2

 
Maria Sassetti [gravura] 

"Sabiá fugiu da gaiola"

de 24 Março a 8 de Abril, no espaço Arte São Mamede
inauguração a 24 de Março, quinta-feira, pelas 19 horas

"Mormente" no Jornal Dínamo

"Mormente" e Ana Maria Moniz no Jornal Dínamo, por Pedro Galvão.


Ver completo aqui.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Às dez a porta fecha


Ana Maria Moniz, a artista de "Mormente", ofereceu à Biblioteca o livro Às dez a porta fecha, de Alice Vieira, que inspira os retratos apresentados na exposição. Obrigada!

Mormente, por Ana Maria Moniz


 (para ver na BACS até dia 21 de Março, de segunda a sexta, das 10 às 16 horas.)

Ana Maria Moniz (1989) frequenta o 4º ano do curso de arquitectura, na Faculdade de Arquitectura de Lisboa. Tem paixão pela pintura, pelo desenho e pela cor desde que se lembra de ser gente. É a sua quarta exposição individual e primeira em Lisboa.

Esta nova série de trabalhos surge inspirada nas personagens do livro “Às dez a porta fecha” (1988), de Alice Vieira. A temática de cada quadro é dedicada a uma personagem da história que trata o dia-a-dia num lar de idosos.

Contactos
anamrasmoniz@gmail.com - http://anamariamoniz.blogspot.com

sexta-feira, 11 de março de 2011

Aviso


Informamos que a iniciativa CINEASTAS MALDITOS não se irá realizar nas datas previstas, por não ter havido inscrições suficientes. Pedimos desculpas aos já inscritos.